Sondagens Eléctricas Verticais – Resistividade do Solo

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Sondagens eléctricas verticais – Método de Wenner

O método da resistividade eléctrica baseia-se no facto de, em geral, terrenos distintos, apresentarem distintas resistividades eléctricas.

O desenvolvimento do método processa-se a partir do estudo do campo eléctrico de potenciais, criado artificialmente pela injecção, no terreno, de uma corrente eléctrica.

Para determinar o potencial à superfície do terreno a partir da injecção de uma corrente eléctrica, emprega-se um disposito de medição formado por quatro eléctrodos, destinando-se dois deles (A e B) à injecção da corrente eléctrica no terreno e, os outros dois (M e N), à recepção ou medição de diferenças de potencial criadas pela injecção da corrente eléctrica (Figura 1).

 

Voltimetro e amperímetro
Figura 1 | Esquema representativo das partes componentes de um sistema de prospecção geoeléctrica

As medições de resistividade eléctrica podem ser executadas com recurso a sondagens eléctricas verticais pelo método de Wenner de acordo com a norma ASTM G57 – 06 (2012).

A Sinergeo está equipada com um resistivimetro multieléctrodos, modelo SYSCAL R1 PLUS da marca IRIS Instruments (Fotografia 1).

Fotografia 1 | Execução de sondagem eléctrica vertical – Método de Wenner

 

O método de 4 eléctrodos de Wenner necessita que 4 eléctrodos de metal sejam implantados no solo, em linha recta, e separados a igual distância (AM=MN=NB=AB/3=a) (Figura 2).

Figura 2 | Configuração tetra-electródica de Wenner

A resistividade aparente (Ω.m) pode ser determinada com base na equação seguinte, correspondendo  à diferença de potencial (mV) medida entre M e N e  correspondendo à intensidade da corrente eléctrica que circula no terreno (mA).

A título de exemplo partilham-se duas figuras (Figura 3 e Figura 4) com valores típicos de resistividade eléctrica para diferentes tipos de materiais geológicos.

Figura 3 | Quadro orientativo de resistividades de distintas formações litológicas e tipos de água (modificado de Astier, 1982 in Martinez & Ruano, 1998)

 

Figura 4 | Valores típicos de resistividade de materiais geológicos (Palacky, 1987 in Sharma, 1987)

É evidente as diferenças de grandeza entre os diferentes materiais geológicos mas também a relevante diferença entre materiais sãos e alterados.

 

Saudações geofísicas

Jorge Oliveira

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