O ensaio SPT consiste na cravação, à percussão, do amostrador no solo através da queda de uma massa igual a 63,5 Kg de uma altura normalizada de 76 cm. A 1ª fase do ensaio corresponde à cravação de 15 cm do amostrador no solo e a 2ª fase corresponde à cravação de 30 cm. Devido à perturbação do terreno provocada pelos trabalhos de furação, os resultados obtidos na 1ª fase são desprezados. A nega do ensaio ocorre quando a soma dos golpes necessários à penetração destes 30 cm é superior a 60. Neste caso, mede-se o comprimento total de cravação do amostrador.
Na figura 1 encontram-se esquematizadas as diversas componentes associadas ao SPT – Standard Penetration Test: Batente, varas, amostrador de Terzaghi e pilão.
Na fotografia 1 podemos observador o amostrador de Terzaghi com uma amostra de um solo residual granítico.
As amostras depois de recolhidas são adequadamente acondicionadas em caixas próprias para o efeito e identificada de forma legível e indelével a referência da amostra e a sua profundidade de recolha (Fotografia 2).
Finalmente, é elaborado um log de sondagem onde se efectua uma descrição litologica das unidades atravessadas, número de pancadas na 1ª e 2ª fase do ensaio, grau de alteração e, quando na presença do maciço rochoso, fracturação, RQD e IR (Figura 2).
O ensaio SPT foi desenvolvido por Terzaghi nos anos 40 do século XX para avaliar areias e os ensaios foram realizados a pequenas profundidades. Desde então este ensaio in situ disseminou-se por todo o mundo tendo sido adaptado a diferentes contextos geológicos e a profundidades maiores.
A sua relativa simplicidade e baixo custo de operação aliado ao facto de nos permitir recolher amostras, determinar a profundidade do nível freático e medir a resistência do terreno através do índice Nspt, tornam-no no ensaio mais conhecido e utilizado mundialmente.
Saudações geotecnicas