A geomorfologia deste Caminho de Santiago é controlada por um relevo montanhoso N/S e NE/SW e por vales mais ou menos aplanados influenciados pela instalação de linhas de água maiores com direcção NE/SW (Rio Minho, Rio Deva, Rio Dávia e Rio Ulla).
No início, em pleno Campo do Gerês, a geomorfologia é fortemente dominada por vastas cadeias montanhosas de relevo elevado mantendo-se a esta morfologia até à travessia para o país vizinho logo a norte de Castro Laboreiro. A cota mais elevada alcançada foram os 1054 metros em Castro Laboreiro.
Nas montanhas predominam os afloramentos graníticos em diferentes formas, os monte-ilha ou inselbergs vão se destacando também num horizonte próximo.
A albufeira de Vilarinho das Furnas e a albufeira do Alto Lindoso ocupam também parte desta área criando grandes lagos artificiais entre as montanhas rochosas, oferecendo paisagens deslumbrantes.
Uma vez ultrapassadas estas cadeias montanhosas, o relevo vai diminuindo na parte central do percurso, onde dominam vales mais ou menos aplanados e baixas cotas, cerca de 70 metros, normalmente com forte influência das linhas de água.
Por Celso Silva
Geólogo na Sinergeo