A geomorfologia do Caminho de Santiago – Minhoto Ribeiro – por Celso Silva

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A geomorfologia deste Caminho de Santiago é controlada por um relevo montanhoso N/S e NE/SW e por vales mais ou menos aplanados influenciados pela instalação de linhas de água maiores com direcção NE/SW (Rio Minho, Rio Deva, Rio Dávia e Rio Ulla).

No início, em pleno Campo do Gerês, a geomorfologia é fortemente dominada por vastas cadeias montanhosas de relevo elevado mantendo-se a esta morfologia até à travessia para o país vizinho logo a norte de Castro Laboreiro. A cota mais elevada alcançada foram os 1054 metros em Castro Laboreiro.

Nas montanhas predominam os afloramentos graníticos em diferentes formas, os monte-ilha ou inselbergs vão se destacando também num horizonte próximo.

Vista sobre a serra do Gerês (bolas graníticas)
Vista sobre a serra do Gerês (bolas graníticas)
Boulders em Castro Laboreiro
Boulders em Castro Laboreiro
Rocha em forma de chama
Rocha em forma de chama
Forma de côdea de broa
Forma de côdea de broa

A albufeira de Vilarinho das Furnas e a albufeira do Alto Lindoso ocupam também parte desta área criando grandes lagos artificiais entre as montanhas rochosas, oferecendo paisagens deslumbrantes.

Vilarinho das Furnas
Vilarinho das Furnas

Uma vez ultrapassadas estas cadeias montanhosas, o relevo vai diminuindo na parte central do percurso, onde dominam vales mais ou menos aplanados e baixas cotas, cerca de 70 metros, normalmente com forte influência das linhas de água.

Vale aplanado
Vale aplanado
Na parte final do percurso volta a verificar-se de novo um relevo mais acentuado. De notar a elevação do monte do Pico Sacro na parte final do caminho.
Monte do Pico Sacro
Monte do Pico Sacro

Por Celso Silva

Geólogo na Sinergeo

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